terça-feira, 31 de julho de 2012

Falta de coordenação motora pode ser resolvida com exercícios.



Marchar, andar em linha reta ou em ziguezague melhoram o controle.
Quando a falta de habilidade nos movimentos é grande, pode ser doença.


Todo mundo conhece alguém que vive derrubando tudo que aparece pela frente. É a falta de coordenação motora, um problema comum, que normalmente vem desde cedo, mas que pode ser amenizado com alguns exercícios específicos.

O Bem Estar desta sexta-feira (27) recebeu a terapeuta corporal Mônica Monteiro e o fisioterapeuta David Costa. Eles ajudaram os outros convidados do programa – pessoas com falhas na coordenação motora – com dicas que você também pode seguir em casa.


info coordenação motora (Foto: arte / G1)

Os movimentos do corpo dependem tanto do cérebro, que dá o comando, quanto dos músculos, responsáveis pela execução. Por isso, uma boa coordenação motora passa primeiramente por músculos bem estruturados.


A participação do cérebro vem na compreensão das informações. Uma pessoa só consegue executar bem o movimento se entender bem o que deve fazer.


A ação de uma pessoa pode ser coordenada, descoordenada – quando ela tem dificuldade para controlar seus movimentos corretamente – ou incoordenada – quando a pessoa pensa em fazer um movimento, mas faz outro.


A descoordenação pode ser por uma questão de pouca habilidade corporal, ou então por alguma lesão que prejudica os movimentos. Já a incoordenação geralmente está associada a alguma doença.


Tropeçar, esbarrar nos móveis e deixar objetos caírem no chão são aceitáveis para pessoas levemente descoordenadas. Porém, quando são muito recorrentes, podem sinalizar algum problema mais grave – como a dismetria, um distúrbio que faz com que a pessoa não tenha muita noção de distância.

Umas pessoas têm mais facilidade que outras, mas a coordenação motora está ao alcance de todos nós. Se os pais identificarem a dificuldade na criança, devem procurar um psicopedagogo para fazer os exercícios desde cedo.

Marchar é um exercício perfeito de coordenação motora, pois os braços fazem o movimento contrário ao das pernas. Outras boas opções são andar em linha reta ou em ziguezague.

Estudo aponta elo entre mutação genética e paralisia em crianças


Cura para hemiplegia alternante está mais próxima, dizem cientistas.
Estudo divulgado na 'Nature' envolveu pesquisadores de 13 países.

  Pesquisadores do centro médico da Universidade de Duke, nos Estados Unidos, descobriram que um raro distúrbio que causa paralisia em crianças, a hemiplegia alternante da infância, está ligado a uma mutação genética. Graças à descoberta, um tratamento pode ser possível no futuro, dizem os cientistas em um estudo publicado neste domingo (29) na revista "Nature Genetics".

  O distúrbio começa a atingir crianças antes mesmo dos 18 meses de idade, com manifestações como paralisia ocular, disfunção do sistema nervoso, falta de ar (a chamada dispnéia) e outros efeitos.

  Com o tempo, aponta a pesquisa, a tendência é haver imobilidade em um lado do corpo e depois no outro da criança, com intervalos imprevisíveis. O distúrbio aparece esporadicamente, com tendência a não se manifestar em outros membros da família, afirma um dos autores da investigação científica, Eric Heinzen.

  Como a doença não se manifesta em pais de crianças com hemiplegia, "nós procuramos por mutações genéticas nas crianças", disse Heinzen. "Comparamos cuidadosamente os genomas de sete pacientes e dos seus pais que não tinham nenhum tipo de distúrbio. Quando encontramos mutações em todas as sete crianças no mesmo gene, nó soubemos que havíamos encontrado a causa do distúrio", disse.

  A pesquisa foi feita com a colaboração de fundações nos EUA, Itália e França, incluindo cientistas de 13 países diferentes, para estudar 95 pacientes adicionais. A pesquisa mostrou que 75% das crianças com a doença tinham mutação no mesmo gene.

Cérebro vacila e comete mais erros quando as regras mudam, diz estudo


Mente se sobrecarrega para esquecer padrões antigos e focar nos novos.
Para autor, alterações constantes no trabalho podem levar à exaustão.

Aprender uma nova tarefa quando as regras do jogo mudam faz o cérebro vacilar e cometer uma série de erros, segundo um novo estudo feito por pesquisadores da área de psicologia da Universidade do Estado de Michigan, nos EUA.

Os resultados do trabalho estão publicados na atual edição da revista científica "Cognitive, Affective & Behavioral Neuroscience".

O principal autor, Hans Schroder, cita o exemplo de uma pessoa que viaja para um país como a Irlanda e, de repente, tem que dirigir em mão inglesa.

O cérebro, treinado para conduzir um carro sempre no sentido direito, acaba sobrecarregado ao tentar esquecer os padrões antigos e se concentrar nos novos. Com tantos conflitos ocorrendo ao mesmo tempo, o indivíduo pode esquecer-se de ligar o pisca-alerta várias vezes seguidas, sem se dar conta disso.

Cérebro (Foto: G.L. Kohuth/Michigan State University)

Voluntários nos EUA tinham que apertar botão esquerdo ou direito para indicar se a letra do meio de uma sequência era 'M' ou 'N'; depois, as regras se inverteram  (Foto: G.L. Kohuth/Michigan State University)

Os participantes da pesquisa passaram pelo seguinte teste de computador: quando aparecia a sequência de letras "NNMNN", tinham que apertar o botão esquerdo para indicar que a letra "M" estava no meio. Já quando vinha a sequência "MMNMM", deveriam pressionar o botão direito para mostrar que a letra "N" ficava no centro.

Depois de 50 repetições, as regras foram investidas. Resultado: os voluntários cometeram mais erros sequenciais e não se deram conta disso. Além disso, a atividade cerebral ficou mais intensa do que na primeira fase, porém com respostas mais lentas e menos precisas.

Na opinião do professor assistente de psicologia Jason Moser, mudanças constantes de regras no ambiente de trabalho podem levar a repetidos erros e, consequentemente, à exaustão, frustração, ansiedade ou depressão.

"Essas descobertas, junto com uma pesquisa anterior nossa, sugerem que, quando você precisa fazer 'malabarismos' com a mente – sobretudo se ela é multitarefa –, torna-se mais propenso a falhar. São necessários esforço e prática para ter mais consciência dos erros que você está deixando escapar e conseguir manter o foco", destacou Moser.

Apneia do sono leva à pressão alta e a outros problemas circulatórios


Obesidade é o principal fator de risco para o surgimento da doença.
Ronco é um sinal importante, mas não o único, destacam os médicos.

  A apneia do sono é uma doença que ataca durante a noite, e a pessoa muitas  vezes  nem sabe que tem, mas o corpo vai  sofrendo  aos  poucos, e o sistema circulatório    pode    ficar   comprometido.   Apesar dessas   características,   a   apneia   não   pode  ser considerada  uma  doença  silenciosa,  já  que  o seu principal  sintoma  é  o  ronco – repetido e bem alto.


  Apneia, literalmente, é a ausência de respiração. Se ocorre quando o indivíduo dorme, é chamada de apneia obstrutiva do sono, pois a passagem do ar é dificultada. A falta de oxigênio leva a pessoa a acordar várias vezes durante a noite, muitas vezes sem perceber.

  Em determinados momentos, o paciente literalmente para de respirar. As asfixias duram pelo menos 10 segundos, mas podem ser bem mais longas. Quando o cérebro percebe a falta de oxigênio, o corpo libera adrenalina e a pessoa acorda para respirar. Nesse processo, a pressão arterial sobe e o coração dispara.
Esse é o grande risco oferecido pela doença. A pessoa fica com arritmia cardíaca, que é quando o coração se acelera muitas vezes, e então ele corre maior risco de falhar. Além disso, a constante falta de oxigenação faz aumentar a pressão sanguínea, e com isso crescem os riscos de infartos e de acidentes vasculares cerebrais (AVCs).

  O ronco é o principal sinal da apneia, mas nem todo mundo que ronca tem a doença. Outros sinais são cansaço e sonolência durante o dia, falta de energia, baixa concentração, perda de memória, pressão alta, dores de cabeça matinais, irritação e até impotência sexual.

  O principal fator de risco é a obesidade, mas é cada vez mais comum encontrar o problema em quem não é obeso. Mulheres depois da menopausa e crianças com amídala ou adenóide aumentada também podem sofrer apneia. Além disso, pessoas com alguma alteração de mandíbula, como queixo para trás, têm mais propensão a ter a doença.

  Tratamento
 Para detectar a apneia, existe um exame chamado polissonografia. Ele mede quantas vezes por hora a pessoa deixa de respirar durante o sono. Quando isso acontece mais de 30 vezes por hora, o caso é considerado grave.

  Para melhorar a respiração durante o sono e evitar a apneia existe um aparelho chamado CPAP – é a sigla em inglês para pressão positiva contínua do ar. O paciente tem que dormir com uma máscara que puxa o ar de fora e o lança para dentro das vias respiratórias.

  Com isso, a pressão do ar abre o caminho obstruído, leva oxigênio até os pulmões e evita o ronco porque a pessoa não precisa mais abrir a boca para respirar.

  O aparelho é regulado com uma pressão diferente para cada paciente. Isso é importante, porque se a pressão for forte demais, pode provocar irritação nas vias respiratórias.

  O exame de polissonografia é oferecido gratuitamente pela rede pública em alguns lugares, mas o tratamento com CPAP não. O aparelho custa por volta de R$ 1 mil.